Publicados resultados do Grupo Operacional Produção de Coelhos Biológicos

Já se encontram disponíveis para consulta, no site Inovação para a Agricultura, as conclusões gerais do Grupo Operacional (GO) Produção de Coelhos Biológicos, o relatório final de execução, bem como outros documentos do projeto. O objetivo geral do projeto, do qual o Politécnico de Coimbra foi entidade parceira através da sua Escola Superior Agrária (ESAC), consistiu em criar um produto novo em Portugal: coelho biológico de produção nacional.

A oportunidade de experimentar a prática de produção de coelhos de acordo com as regras da Agricultura Biológica decorreu do facto de existir, no início do desenvolvimento do projeto (2016), um vazio na legislação sobre a produção de coelhos em Modo de Produção Biológico em Portugal. Não era possível produzir coelhos biológicos dado não existirem nem a divulgação do conhecimento técnico nem uma produção regulamentada. Assim, com base em experiências já realizadas em Itália, Espanha e França, foi testada a aplicabilidade das regras básicas da Produção Biológica de coelhos em território nacional. Para isso foi experimentado este novo modo de produção, tendo sido identificadas dificuldades e efetuadas as necessárias alterações em função das especificidades existentes no nosso país.

A AGROBIO – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, entidade líder deste Grupo Operacional, considera ter sido alcançado o objetivo no pós-projeto, ao ter-se conseguido instalar a produção de coelhos biológicos em, pelo menos, três explorações portuguesas: uma na ESAC, e as outras duas na Quinta do Montalto II Agroindústria, Lda. e Quinta do Montalto, Lda. (Ourém). Para além da implementação da produção, pode ler-se no relatório final de execução, “foi acrescentada a mais-valia de, em simultâneo, controlar as infestantes em hortas/pomares e vinhas”.

O projeto permitiu concluir que este modo de produção se adapta muito bem a pequenas hortas e vinhas, sendo de notar o facto de ser possível a produção de coelhos sem a administração de concentrado, apenas com as sobras de hortícolas e fruta. Verificou-se ainda que o confinamento misto dos animais (semi-ar livre e alojamento individual) terá contribuído para uma baixa mortalidade dos mesmos.